Pfaffia jubata Mart.

Informações da avaliação de risco de extinção

Informações sobre a espécie

Notas Taxonômicas

Uma das sete espécies descritas por Martius, em 1826, P. jubata é conhecida popularmente no Cerrado como "marcela-branca", "marcela-do-campo" (Centro-oeste) e "corango-de-juba", (Sul) (Siqueira, 1897; Marchioretto, 2008; Marchioretto et al., 2012). Seu epíteto foi determinado como referência a sua inflorescência muito vilosa (Marchioretto, 2008). Handro (1965) ressaltou a afinidade polínica entre P. jubata e P. velutina.

Dados populacionais

​Siqueira (1981) afirma que P. jubata é bastante frequente em áreas de cerrados e campos rupestres do Brasil, principalmente na região Centro-Oeste. Porém, em recente trabalho (Siqueira, 2007), o mesmo autor afirma que, antes muitos comuns, espécies de cerrado, como P. jubata, estão se tornando cada vez menos frequentes. Smith; Downs (1972) afirmam que a ocorrência deste táxon na região Sul do Brasil é muito rara.

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nos estados das regiões Norte (Tocantins, Rondônia), Nordeste (Bahia), Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo) e Sul (Paraná) (Marchioretto et al., 2012). Foi registrada em altitudes que variam de 500-1.700 m (Marchioretto, 2008).

Ecologia

Planta herbácea a subarbustiva, ocorrendo nos Campos Rupestres e Cerrados (Tannus et al., 2006; Marchioretto, 2008) nos Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado (Marchioretto et al., 2012). Floresce e frutifica ao longo do ano (Marchioretto, 2008). Apresenta síndrome de dispersão anemocórica (Tannus et al., 2006). A espécie floresce após a incidência de queimadas (Siqueira, 1989).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes As espécies do gênero que ocorrem nos Cerrados, como P. jubata, estão fadadas a desaparecer com a progressiva destruição do bioma. Antes comum, a espécie já não ocorre com a mesma frequência em diversas áreas do Brasil (Siqueira, 2007).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: ​A espécie foi considerada Rara, de acordo com os critérios adotados na avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do estado do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).

4.4.3 Management
Situação: on going
Observações: ​A espécie ocorre nas seguintes Unidades de Conservação: Parque Nacional da Chapada Diamantina, no estado da Bahia, Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, Parque Estadual do Ibitipoca, em Minas Gerais, Parque Estadual do Cerrado e Parque Estadual de Vila Velha, no Paraná, e Parque Estadual de Juqueri, em São Paulo (CNCFlora, 2011).

Usos